O que é Síndrome do Pânico?

O Transtorno de Pânico é caracterizado pela presença de ataques de pânico inesperados que ocorrem de forma recorrente. Esses ataques são caracterizados por surgimento abrupto (em minutos) de intensa sensação de medo ou grande desconforto, que ocorrem associados a sintomas físicos (palpitações, suor, tremores, falta de ar, sensação de desmaio, dor torácica, náusea ou desconforto abdominal, tontura, calorões, formigamentos), dissociativos (desrealização ou despersonalização), ou cognitivos (medo de perder o controle ou medo de morrer).

Na síndrome do pânico, esses ataques são seguidos de preocupação persistente sobre ter outros ataques ou preocupação acerca de suas consequências (ansiedade antecipatória), e ou, ainda, de alterações comportamentais relacionadas aos ataques, geralmente buscando evita-las (esquiva fóbica). A síndrome do pânico transtorno crônico que afeta aproximadamente 5% da população ao longo da vida, atingindo 2 vezes mais mulheres que homens, especialmente entre a segunda e a terceira década de vida. Há evidências de eficácia para o tratamento desse transtorno com psicofármacos, psicoterapias, e com combinação de ambos.

Os objetivos do tratamento para síndrome do pânico são: (a) prevenir novos ataques de pânico; (b) diminuir a ansiedade antecipatória e a hipervigilância; (c) reverter a evitação/esquiva fóbica (agorafobia); (d) reconhecer e tratar as comorbidades. Portanto, deve-se avaliar de forma periódica a intensidade e a frequência dos ataques de pânico, a ansiedade antecipatória e a evitação fóbica (elaboração de uma lista detalhada de todos os lugares e situações evitados e do grau de ansiedade produzido pelo enfrentamento de cada um deles), assim como o funcionamento global e a qualidade de vida. O objetivo final do tratamento é a remissão dos sintomas, uma vez que sintomas residuais são preditores de recaída.

PSICOFÁRMACOS UTILIZADOS NO TRANSTORNO DE PÂNICO

INIBIDORES SELETIVOS DA RECAPTAÇÃO DA SEROTONINA: Os ISRSs são os fármacos de primeira escolha no TP, especialmente pelas fortes evidências de eficácia e pelo perfil de efeitos colaterais favorável, além de serem fármacos seguros e eficazes para a maioria das condições comórbidas (p. ex., depressão, TAS e TOC).